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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

TYRONE POWER (05/05/1914 - 15/11/1958) BIOGRAFIA


Tyrone Edmund Power, Jr. (Cincinnati, 5 de maio de 1914 – Madrid, 15 de novembro de 1958), creditado geralmente sob o nome Tyrone Power e conhecido, algumas vezes, como "Ty Power", foi um ator de cinema e de teatro estadunidense.

Tyrone Power  nasceu em Cincinatti, Ohio, filho de um casal de atores, ele Tyrone Power Sr. e ela Helen Emma Power. O primeiro ano de vida do pequeno Tyrone foi muito difícil pelos problemas de saúde que acometeram a criança, até que, por conselho médico, a família se mudou para a Califórnia, em 1915. Lá Tyrone Power Sr. se tornou conhecido ator também de cinema, ele que passava longos períodos longe da família em turnês teatrais. O casal, que havia tido uma menina, a irmã de Tyrone, finalmente se separou e Helen retornou a Cincinatti, sustentando os filhos ministrando aulas de dicção a estudantes de Arte Dramática. Crescendo em meio a artistas, Tyrone Power apareceu pela primeira vez em um filme aos 11 anos, em “Escola para Esposas”, comédia de 1925. Depois disso Tyrone se concentrou nos estudos na Purcell High School, em Cincinatti. Aos 17 anos Tyrone se reencontrou com o pai que lhe ensinou os segredos da Arte Dramática, ele que era um respeitado ator teatral. Quando Tyrone Power Sr. estava filmando “The Miracle Man”, sofreu um ataque cardíaco vindo a falecer nos braços do filho presente nos sets de filmagens acompanhando o trabalho do pai. Esse fato foi um incentivo ainda maior para que Tyrone sucedesse o pai como ator e em 1932 ele conseguiu uma participação no filme “Cadete de Honra”, produção da Universal Pictures. Em 1934 Tyrone fez uma ponta em “Miss Generala”, musical estrelado por Dick Powell. Em 1935 o jovem pretendente a ator teve outro pequeno papel, desta vez num western do incansável Sam Newfield, com Kermit Maynard como astro, filme que se chamou “Fronteiras do Norte” (Northern Frontier). Foi quando Tyrone assinou contrato com a 20th Century-Fox, estúdio no qual conheceria o diretor Henry King, importantíssimo em sua carreira.

O rival de Robert Taylor 

Foi Henry King quem insistiu com o chefe de produção do estúdio, Darryl F. Zanuck, para que Tyrone Power Jr. (como ainda era creditado) fosse escolhido para um dos principais papéis de “Lloyd’s de Londres”. Esse filme lançado em 1936 deu fama instantânea a Tyrone Power, que então retirou o ‘Jr.’ do nome artístico. Depois de uma série de filmes medianos como ator principal, Tyrone voltaria a filmar sob as ordens de Henry King no musical “No Velho Chicago” (1937), filme que fez enorme sucesso. Êxito maior ainda foi “A Epopéia do Jazz” (1938), também com direção de Henry King e desenhava-se uma parceria parecida com a de Michael Curtiz-Errol Flynn na Warner Bros. Mas o que a 20th Century-Fox queria mesmo era ter como astro alguém que rivalizasse em beleza com Robert Taylor, contratado da MGM, então considerado o rosto masculino mais bonito do cinema. E, de fato, Taylor e Power eram dois jovens e sedutores galãs. Uma das grandes estrelas da MGM no final dos anos 30, a atriz Norma Shearer, exigiu que seu galã em “Maria Antonieta” fosse ninguém menos que Tyrone Power. Estranhamente o estúdio dirigido por Zanuck permitiu que Tyrone Power fosse emprestado à MGM e “Maria Antonieta” foi outro grande sucesso de público. De retorno à Fox, Tyrone brilhou novamente no drama histórico “Suez”. Depois de tantos sucessos a 20th Century-Fox reservava para Tyrone outro filme importante, desta vez um western.

Tyrone vira Jesse James 

Em 1939 o western não era o gênero de filme que os atores mais apreciassem fazer, o que mudou bastante depois de “No Tempo das Diligências” (Stagecoach). Nesse mesmo ano Darryl F. Zanuck entendeu que poderia filmar a vida do bandido Jesse James, romanceando-a e transformando os irmãos James em simpáticos personagens de ficção para agradar ao público. Reuniu então Tyrone Power (Jesse) e Henry Fonda (Frank) e um grande elenco sob a direção de Henry King, em belíssimo Technicolor que realçava a beleza de Tyrone. O resultado foi um enorme sucesso de bilheteria que fez com que Tyrone Power ficasse atrás apenas de Mickey Rooney como o ator que mais atraía público aos cinemas. Em 1939 Tyrone Power, um dos solteiros mais cobiçados de Hollywood casava-se com a atriz francesa Annabella, com quem havia contracenado em “Suez”. Os filmes seguintes de Tyrone foram “Johnny Apollo” (policial) e a biografia do líder mórmon Brigham Young, “O Filho dos Deuses”. Esses filmes precederiam dois estrondosos sucessos de Tyrone que foram “A Marca do Zorro” e “Sangue e Areia”.

Tyrone Power,  Don Diego Vega.

Imortalizando O Zorro no cinema - “A Marca do Zorro” foi uma refilmagem do sucesso de Douglas Fairbanks em 1920 e Tyrone Power demonstrou o quanto era ágil e elegante empunhando uma espada. Aos 26 anos de idade, interpretando Don Diego Vega, o personagem criado por Johnston McCulley, Tyrone alcançava a glória como ator. E o estúdio que o mantinha sob contrato não perdia tempo rodando em seguida “Sangue e Areia”, baseado no romance de Vicente Blasco Ibañez, dirigido pelo mesmo diretor de “A Marca do Zorro”, Rouben Mamoulian em 1941. Mesmo tendo uma boa interpretação como o toureiro Juan, Tyrone Power teve que se render à irresistível dupla Anthony Quinn e Rita Hayworth que brilhou mais que ele no filme. Com a Guerra Mundial em curso Tyrone Power filmava sem parar, atuando em três filmes nos primeiros seis meses de 1942, dois deles capa-e-espadas: “Ódio no Coração” e “O Cisne Negro”, filmes que mais aumentaram a fama de Tyrone junto ao público. Nesse mesmo ano, com os Estados Unidos já envolvido no conflito mundial, Tyrone se alistou na Marinha que o cedeu em 1943 para a Fox rodar um filme-propaganda, para ajudar no recrutamento de voluntários, filme que se chamou “Mergulho no Inferno”. Tyrone aparece creditado como ‘Tyrone Power U.S.M.C.R’ (United States Marine Corps Recruit). Tyrone permaneceu por quatro anos no Exército, participando ativamente como piloto da Guerra do Pacífico, dando baixa com a patente de capitão e diversas medalhas recebidas por bravura. Finda a guerra acabou-se também o casamento de Tyrone e Annabella e o argumento dele era que a esposa não lhe dera o esperado filho. Annabella, por sua vez, não aceitava mais as infidelidades do marido, a principal delas com Judy Garland.

O retorno de Tyrone ao cinema se deu com os dramas “O Fio da Navalha” e “O Beco das Almas Perdidas” (este um filme noir). Tyrone retornaria ao mar, sol e espada em aventuras como “O Capitão de Castela” (1947), “O Favorito dos Bórgias” e “A Rosa Negra”, estes de 1949. Os dois primeiros dirigidos por Henry King e “A Rosa Negra” dirigido por Henry Hathaway. Depois de viver um rumoroso romance com Lana Turner, Tyrone Power casou-se novamente em 1948, desta vez com a atriz mexicana Linda Christian, que lhe daria as esperadas filhas Romina e Taryn. Em 1951 Tyrone Power faria seu segundo western como ator principal, dirigido por Henry Hathaway no excelente “Correio do Inferno” (Rawhide), com Susan Hayward como sua leading-lady. Mais uma vez sob as ordens de Henry Hathaway, Tyrone filmou o ótimo suspense “Missão Diplomática em Trieste”, em 1952. Nesse mesmo ano, novo western para Tyrone, o filme intitulado “O Soldado da Rainha” (Pony Soldier) com Penny Edwards, atriz de muitos faroestes B, no principal papel feminino. Esse filme desgostou Tyrone que pediu à 20th Century-Fox que o liberasse para atuar numa produção da Universal Pictures, com que a Fox concordou pois os filmes recentes de Tyrone não atraíam tanto público como na década anterior .


Na Universal, recebendo porcentagem sobre os lucros do filme, Tyrone atuou em “O Aventureiro do Mississippi” (The Mississippi Gambler), que fez razoável sucesso e aumentou a conta bancária de Tyrone. O que não ia bem era a vida conjugal do ator pois enquanto ele continuava a ter aventuras extraconjugais, Linda vivia um romance com Edmund Purdom. O casamento resistiu até 1955, quando Tyrone mantinha um longo caso amoroso com a atriz sueca Mai Zetterling. Linda acabaria se casando anos depois com Edmund Purdom e Tyrone se casaria pela terceira vez, em 1957, com Deborah Ann Minardos. Em 1955 Tyrone Power foi dirigido por John Ford em “A Paixão de uma Vida” (The Long Gray Line) e mais uma vez por Henry King em “Duelo de Paixões”, em que contracenou com Susan Hayward. Em 1956 Tyrone Power atuou em seu último grande sucesso que foi “Melodia Imortal”, a biografia do pianista Eddy Duchin, de quem Tyrone havia sido amigo na vida real. Nesse filme Ty contracenou com Kim Novak, uma das mais requisitadas atrizes daqueles anos.

Em 1957 Tyrone Power trabalhou bastante liderando os elencos de três filmes, nos quais aparece com evidentes sinais de cansaço e um precoce envelhecimento, resultado do inseparável cigarro e dos excessos com a bebida. Esses filmes foram “Barco sem Rumo”, com Mai Zetterling e “Agora Brilha o Sol”, o 11.º e último em que foi dirigido por seu amigo Henry King. No elenco de “Agora Brilha o Sol” estavam também um envelhecido Errol Flynn e Ava Gardner. O terceiro filme de Tyrone Power em 1957 foi um dos pontos altos de sua carreira, o drama “Testemunha de Acusação”, com Ty interpretando um cínico criminoso e dividindo a tela com Charles Laughton e Marlene Dietrich, dirigidos pelo incomparável Billy Wilder. Com essa atuação Tyrone demonstrou àqueles que nunca o levaram a sério como ator, que era também um ótimo intérprete. E seus trabalhos esporádicos em palcos já haviam comprovado esse fato. Tyrone participou da montagem inglesa de “Mister Roberts”, entre outras vezes que esteve num palco.

O último filme de Tyrone Power foi “Salomão e a Rainha de Sabá”, dirigido por King Vidor e com Gina Lollobrigida e George Sanders no elenco, película rodada em Madri, na Espanha. Após filmar cerca de 75% das sequências em que Salomão aparece, Tyrone que interpreta o justo rei de Israel, faleceu, assim como o pai, vitimado por um ataque cardíaco enquanto atuava. A esposa Deborah, como que pressentindo o que poderia acontecer com Tyrone, pediu-lhe que descansasse, mas o ator precisava trabalhar. John Wayne, James Stewart, Henry Fonda e até o adoentado Gary Cooper, todos mais velhos que ele continuavam em plena atividade. Mas o peso das vestes, a espada com que duelava com Sanders e o sol escaldante de Madrid em muito contribuíram para a morte de Tyrone. O mundo do cinema ficou chocado especialmente por Tyrone Power estar ainda com apenas 44 anos de idade. Ty foi substituído por Yul Brynner que usa uma peruca porém em muitas sequências filmadas à distância percebe-se nitidamente a figura de Tyrone Power. Sua esposa Deborah deu à luz ao primeiro filho de Tyrone dois meses após o falecimento do ator. O menino recebeu o nome de Tyrone Power IV.

A bissexualidade de Tyrone Power 

Por muito tempo foi bastante discutida a bissexualidade de Tyrone Power. As mulheres com quem ele se relacionou jamais aceitaram ou acreditaram que ele pudesse ter uma vida sexual dupla, mas diversos depoimentos comprovam ser verdade o fato de Tyrone se relacionar também com homens. O mais conhecido dos amigos de Tyrone foi César Romero, homossexual assumido, com quem Tyrone partiu para uma viagem de 40 dias pela América do Sul após se divorciar de Annabella. Outro amigo famoso com quem Tyrone se relacionou foi o compositor Lorenz Hart, também homossexual. Eram ainda amigos constantes de Tyrone o diretor George Cukor e os atores Clifton Webb e Van Johnson, reconhecidos gays da capital do cinema. Hollywood sempre procurou ocultar esse lado obscuro da vida de seus astros pois o público poderia não aceitar essas particularidades de seus ídolos. À parte essa questão explorada pelos tabloides sensacionalistas daquele tempo, um dos maiores reconhecimentos sobre a importância de Tyrone Power talvez seja estar ele entre as muitas figuras famosas que fazem parte da capa do álbum “Sargeant Pepper”, dos Beatles. Não por acaso, pois Tyrone foi um dos grandes astros da tela e um dos rostos masculinos mais admirados pela legião de fãs que teve nos anos em que enfileirava um sucesso após o outro no cinema. 



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