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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

SEAN CONNERY (25/08/1930 - ??/??/20??)- BIOGRAFIA



Sir Thomas Sean Connery Kt. (Edimburgo, 25 de agosto de 1930) é um ator britânico, nascido na Escócia. É famoso desde a década de 1960 pelo papel no cinema do agente secreto do MI6 britânico, James Bond, criado pelo escritor Ian Fleming.

Filho de pai católico e mãe protestante, Connery começou a vida como leiteiro em sua terra natal e até ter sua primeira oportunidade na vida artística, num musical chamado South Pacific, serviu na Marinha Real, foi motorista de caminhão e modelo vivo para artistas do Colégio de Artes de Edimburgo. Nesta época ele foi terceiro colocado no concurso de Mister Universo de onde, através da insistência de um amigo, saiu para fazer os testes para a peça, que acabou lhe abrindo o caminho para o trabalho de ator nos palcos, na televisão e nas telas de cinema.

Após trabalhos menores no cinema e na televisão inglesa, entre o fim dos anos 50 e começo dos 60, Connery chegou à fama internacional na pele do agente James Bond no filme 007 Contra o Satânico Dr. No em 1962, que inauguraria a mais bem sucedida e longeva série cinematográfica, que em 2013 completou 50 anos, e da qual Connery fez seis filmes oficiais, marcando o personagem de maneira definitiva.

Sir Thomas Sean Connery foi o primeiro ator a dar vida ao personagem James Bond na telona. Natural da cidade de Edimburgo na Escócia, hoje em dia o ator vive nas Bahamas com a mulher, e já declarou que não pretende voltar a atuar.

Ingressou na Marinha Real Britânica aos 17 anos, onde serviu até os 20. Após deixar a instituição, ele se sustentou trabalhando informalmente como motorista de caminhão, modelo, pedreiro e guarda-costas. Em 1950, ele representou a Escócia na etapa londrina do concursco Mr. Universo. Tinha na época 20 anos, e não ganhou o primeiro prêmio. Quarenta anos mais tarde, em 1990, foi eleito pela revista People o “Homem Mais Sexy Do Mundo”. Agradeceu dizendo que gostaria de chegar à velhice com o rosto sereno de Hitchcock ou Picasso.

Cínico, charmoso e competente. Não é fácil ser James Bond, agente de elite do Serviço Secreto Britânico, mas Sean Connery não precisou de muito esforço para encarar esse papel em seis filmes baseados na obra de Ian Fleming. Até hoje, é considerado o melhor intérprete que o agente já teve. A receita para tanto sucesso? Doses equilibradas e inconfundíveis de arrogância, sofisticação e humor.

Arrogância, aliás, ele demonstrou no primeiro contato em que teve com os produtores Albert Cubby Broccoli e Harry Saltzman. Quando foi convidado oficialmente para uma entrevista com os dois, o ator logo tratou de deixar claras suas exigências: “Aceitem-me como sou, ou não me aceitem”, resumiu. Saltzman quis dispensá-lo ali mesmo, mas Broccoli o persuadiu. “Connery bateu com os punhos na mesa, e nos impôs suas condições. Quando deixou o escritório, o observamos atravessando a rua com seu andar elástico e digno de um verdadeiro super-homem. Soubemos, então, que havíamos encontrado James Bond”, lembrou Broccoli.

Sean Connery tinha 32 anos e havia acabado de assinar um contrato de seis anos, até 1967, que o obrigava a realizar a quantidade de filmes que fosse possível como 007. O ator ganharia aproximadamente 9 mil dólares mensais, considerado um excelente salário na época. Um papel conquistado literalmente no grito. E contra a vontade de Ian Fleming, que preferia ver seu personagem sendo interpretado por Richard Burton, James Stewart, David Niven ou James Mason.

Em pouco tempo, o escocês mostrou-se a melhor escolha que os produtores poderiam ter feito para o sucesso da série. Quando o quarto filme da série, 007 Contra A Chantagem Atômica, estava para ser lançado, a publicidade cinematográfica da época aboliu o tradicional Sean Connery as James Bond por um inédito Sean Connery Is James Bond.

Ainda assim, depois de cinco roteiros, o ator precisava provar a ele mesmo que seria capaz de fazer outros papéis e, por isso, não renovou seu contrato com Broccoli e Saltzman. O sexo filme da série, 007 – À Serviço Secreto De Sua Majestade, teve George Lazenby como Bond. Não houve porém, como disfarçar a diferença, e os produtores conseguiram convencer Sean Connery a voltar em 007 – Os Diamantes São Eternos em 1971.

O escocês durão e malicioso havia encarnado perfeitamente o agente secreto com licença para matar. Com a fama, Sean Connery se despediu de Bond. Contrariando o princípio sagrado das séries de ação, a de que o personagem principal não envelhece, o ator voltou doze anos depois no filme não-oficial “Nunca Mais Outra Vez” de 1983. Não foi preciso nenhum truque e o James Bond de 1983 era o Sean Connery de então, um agente assumidamente cinqüentão, mas com o charme e cinismo de sempre. Mais uma vez o ator certo no papel ideal.

Em 1971, depois de 007 Os Diamantes são Eternos, Connery deixou o personagem (ao menos por doze anos, já que voltaria a ele em 1983, no filme 007 Nunca Diga Nunca Outra Vez, uma refilmagem de 007 Contra a Chantagem Atômica, feita numa produção de menor qualidade e com um Connery já envelhecido e que se revelou um fracasso de crítica e de bilheteria, para investir numa carreira mais diversificada.


A partir do sucesso de O Homem que Queria Ser Rei em 1975, dirigido por John Huston e co-estrelado por seu amigo Michael Caine, sua carreira entrou em ascensão em qualidade e diversidade, fazendo com que Connery se tornasse o único de todos os atores que interpretaram o papel de espião favorito de Sua Majestade a conseguir isso. Nas décadas seguintes, Sean estrelaria sucessos como Highlander, Robin e Marian, O Nome da Rosa, Indiana Jones e a Última Cruzada, Armadilha, A Rocha, Caçada ao Outubro Vermelho, e coroaria a carreira com o Oscar de melhor ator coadjuvante por sua atuação em Os Intocáveis, com Kevin Costner e Robert de Niro, em 1987, numa cerimônia em que foi aplaudido de pé ao por todos presentes no Dorothy Chandler Pavillion, local da festa de entrega dos prêmios da Academia na época.


Connery é um dos maiores apoiadores e colaboradores financeiros do Partido Nacional Escocês, que luta pela independência da Escócia. Metade do seu cachê em 007 Os Diamantes São Eternos (na época, 1971, o maior já pago a qualquer ator de cinema, para que ele voltasse ao papel de Bond) foi doado ao partido e para ajuda a crianças carentes da Escócia. A Escócia tem hoje um parlamento próprio e Connery acredita que ela se tornará independente da Grã-Bretanha ainda durante sua vida. Seu apoio ostensivo a esta causa fez com que sua sagração a Cavalheiro do Reino Unido da Grã-Bretanha, que lhe deu o título de Sir, fosse adiada por muitos anos.

Após receber a Legião de Honra do governo francês em 1991, ele foi finalmente agraciado com o título de Sir pela Rainha Elizabeth II, em 5 de julho de 2000, numa cerimônia que, a seu pedido, foi realizada na Escócia e à qual compareceu vestido com um traje típico escocês, um kilt de caça do clã MacLean. Contudo, seu patriotismo pela Escócia é bastante questionado por opositores políticos na Grã-Bretanha, já que Connery se mudou de lá há anos para fugir das pesadas taxas de imposto de renda do país.

Nos últimos anos, após o fracasso comercial e de crítica de seu último filme, A Liga Extraordinária Connery mantém-se afastado do cinema, em parte por sua decepção com o sistema de Hollywood, bem como por sua alegada declaração de que se concentra em escrever um livro sobre sua vida.

Sean Connery foi casado por onze anos (entre 1962 e 1973) com a atriz australiana Diane Cilento, com quem teve um filho, Jason Joseph, nascido em janeiro de 1963. Foi um relacionamento conturbado e amargo que levou a atriz a escrever uma autobiografia retratando Connery como um péssimo marido.

O ator passou por duas importantes operações nos últimos anos. Em 1993 foi obrigado a se submeter à radioterapia para eliminar nódulos na garganta, e em 2003, operou os dois olhos de catarata. Durante as filmagens de 007 Contra Goldfinger em 1964, o ator aprendeu a jogar golfe. Seis anos depois, em 1970, conheceu sua mulher, a franco-marroquina Michelline Roquebrune Connery, num torneio em que ele venceu na categoria masculina e ela, na feminina. Os dois se casaram cinco anos mais tarde em Gibraltar, e vivem até hoje nas Bahamas.


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