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domingo, 28 de dezembro de 2014

FARGO - 1ª TEMPORADA - CRÍTICA


FICHA TÉCNICA

Fargo, 2014, 10 episódios, indicada para cinco Globos de Ouro (melhor série e  atores Allison Tolman, Billy Bob Thorton, Martin Freeman, coadj Colin Hanks). No elenco, ainda Keith Carradine, Oliver Platt, Kate Walsh, Rachel Blanchard.




ANÁLISE


Ela é muito fiel e ao mesmo tempo muito diferente do filme homônimo dos Irmãos Coen, de  1996, que ganhou o Oscar® de melhor atriz (Frances MacDormand, como a policial grávida que tem seu equivalente aqui) e roteiro. Foi indicado a filme, diretor, ator (William Macy), fotografia e montagem. Agora o autor é Noah Hawley, que fez um trabalho incrível, sendo fiel ao espírito dos Coen e do filme mas contando uma historia completamente diferente, chegando mesmo a ter dois astros em plena forma, o esquecido Billy Bob Thorton (lembrado como ex marido de Angelina Jolie) e justamente o inglês Martin Freeman, que é o astro do atual The Hobbit. 

Noah que escreve todos os roteiros . Não vejo outra pessoa a creditar (os diretores também são quase todos jovens e fazem um trabalho incrível, alguns momentos que parei o filme para rever algumas sequências espetaculares e inovadoras. Algumas na neve (passa-se em Minessota, mas foi rodado no Canadá).
Embora não lembre Tarantino, tem um tom de violência semelhante, que na verdade foram os Irmãos Coen que lançaram (ou relançaram) no cinema americano. Sempre inesperado, fora do comum. O primeiro episódio, chamado O Dilema do Crocodilo mostra um carro andando pela neve, que atropela um cervo e é jogada fora da estrada. Logo se revela que tem alguém no porta malas de cuecas que sai correndo e escapa pela neve. É um quebra cabeças que vai se compondo aos poucos, se tornando um exercício brilhante (nem sempre a narrativa é literal e imediata). 


De qualquer forma, a policial Molly (a revelação Allison) é a figura chave porque é a única que parece entender alguma coisa e conseguir raciocinar. Mas ninguém quer acreditar nela (na história ela é filha de ex-policial, feita pelo veterano e muito envelhecido Keith Carradine e ira se unir a outra surpresa, Colin Hanks, que é o filho de Tom Hanks, e faz um policial ainda mais desajeitado do que ela). Sempre com muito humor negro e ironia, ficamos conhecendo também os dois protagonistas. Lester, Freeman,  um vendedor de seguros covarde e infeliz, que é humilhado pela esposa e por antigo colega de escola. E um matador que usa às vezes o nome de Lorne, Billy, que usa sempre uma expressão fria e cínica, que são sua marca registrada e funciona muito. Esse é o sujeito frio, brilhante, sem escrúpulos que sairá pela cidade matando e fazendo um tipo de justiça que nos vai custar a fazer sentido.

Mas eu garanto que vale a pena. Desde Breaking Bad não se via uma série tão inteligente e bem realizada, não tão original porque afinal nasce de um filme consagrado. Mas eu vibrei até mesmo no capitulo final e ao saber que nesta próxima temporada que irá estrelar é Kirsten Dunst (subestimada) e o comediante Jesse Plemons (fez Paul junto com Freeman, Olive Kitteridge e Todd em Breaking Bad). Procurem conhecer que vale a pena!!!



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