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domingo, 22 de março de 2015

THOMAS A. EDISON (11/02/1847 - 18/10/1931) - O INVENTOR DE TUDO


Thomas Alva Edison (Milan, Ohio, 11 de Fevereiro de 1847 — West Orange, Nova Jérsei, 18 de Outubro de 1931) foi um empresário dos Estados Unidos que patenteou e financiou o desenvolvimento de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. O Feiticeiro de Menlo Park (The Wizard of Menlo Park), como era conhecido, foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção.

Na sua vida, Thomas Edison registrou 2.332 patentes. O fonógrafo foi uma de suas principais invenções. Outra foi o cinematógrafo, a primeira câmera cinematográfica bem-sucedida, com o equipamento para mostrar os filmes que fazia. Edison também aperfeiçoou o telefone, inventado por Antonio Meucci, em um aparelho que funcionava muito melhor. Fez o mesmo com a máquina de escrever. Trabalhou em projetos variados, como alimentos empacotados a vácuo, um aparelho de raios X e um sistema de construções mais baratas feitas de concreto.

Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se a lâmpada elétrica incandescente, o gramofone, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone. Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX. Teve também um papel determinante na indústria do cinema.

BIO

Thomas Alva Edison nasceu numa família de classe média, em 11 de fevereiro de 1847, em Milan Ohio, Estados Unidos. O pai, Samuel Edison, canadense de origens holandesas, usa a mão ao que pode: vende bugigangas, é marceneiro, carpinteiro, negociante de imóveis. A mãe, Nancy Eliot Edison, ex-professora canadense, tem a cargo sete crianças, das quais três faleceram ainda pequenas. Thomas é o mais novo, e, por isso, sua mãe lhe dedica especial atenção.

Em 1853, a família mudou-se para Port Huron. Na escola, a única da cidadezinha, o rapaz tinha problemas. Seu professor, o padre Engle, dizia que ele "tem o bicho no corpo, que é um coça-bichinhos estúpido, que não pára de fazer perguntas e que lhe custa a aprender". Além disso, o garoto recusava-se a fazer as lições. Vão-se três meses de aulas e Thomas Edison deixa a classe. Nunca mais voltaria a frequentar uma escola. A mãe toma a seu cargo a educação do menino e ele, por seu lado, aprende o que mais lhe interessa. Acaba por devorar todos os livros da mãe com temas sobre ciência. Monta um laboratório de química no sótão e, de vez em quando, faz tremer a casa.

Arranja, entretanto, um emprego como ardina no comboio que faz a ligação entre Port Huron e Detroit. Vende jornais, sanduíches, doces e frutas dentro dos trens. O guarda da estação local deixa-o guardar os doces e os jornais num vagão vazio. Sobrava tempo para leituras e para experiências no laboratório que, sorrateiramente, Edison havia instalado num dos vagões.

Thomas aprendeu no código Morse e construiu telégrafos artesanais. Havia mais tarde de apelidar como "Dot" (ponto) a filha e "Dash" (traço) o filho. Frequentava um curso e tornava-se telegrafista na terra natal. Mas, como não dispensa a companhia dos instrumentos, provoca outro acidente e quase faz explodir o gabinete.

CARREIRA

Durante cinco anos trabalhou por toda a parte. Aproveitou um emprego que tinha, à noite, para se entreter com as suas engenhocas. Para evitar surpresas (às vezes mete-se a dormir), inventa um sistema elétrico que envia de hora a hora um sinal aos vigilantes. Inventa também uma ratoeira elétrica para caçar os ratos no quarto da pensão.

Edison registrou seu primeiro invento - uma máquina de votar, pela qual ninguém se interessou - quando tinha 21 anos. Muda-se para Nova Iorque em 1869 para se estabelecer como inventor independente. Chega esfomeado e sem dinheiro. Dois anos mais tarde, inventou um indicador automático de cotações da bolsa de valores. Vendeu-o por 40 mil dólares e ainda assinou um contrato com a Western Union, situação que lhe permitiu estabelecer-se por conta própria em Newark, subúrbio de Nova York.

No Natal de 1871, casou-se com uma jovem de 16 anos, Mary Stilwell, uma de suas empregadas, que era perfuradora de fitas telegráficas. Ele a pediu em casamento batendo uma moeda em código Morse. Diz-se que, terminada a cerimônia, o noivo esqueceu as núpcias, enfiou-se na oficina e de lá só voltaria de madrugada. Mary morreria doze anos depois, de febre tifóide. Edison se casaria mais uma vez, com Mina Miller. Nos dois casamentos, teve seis filhos, três de cada um.

Em 1876, já famoso, a grandeza de seus recursos e a amplitude de suas atividades motivaram a construção de um verdadeiro centro de pesquisas em Menlo Park. Era quase uma cidade industrial, com oficinas, laboratórios, assistentes e técnicos capacitados. Nessa época, Edison chegou a propor-se a meta de produzir uma nova invenção a cada dez dias. Não chegou a tanto, mas é verdade que, num certo período de quatro anos, conseguiu patentear 300 novos inventos, o que equivale praticamente a uma criação a cada cinco dias.

Em 1877 inventou o fonógrafo. O aparelho consistia em um cilindro coberto com papel de alumínio. Uma ponta aguda era pressionada contra o cilindro. Conectados à ponta, ficavam um diafragma (um disco fino em um receptor onde as vibrações eram convertidas de sinais eletrônicos para sinais acústicos e vice-versa) e um grande bocal. O cilindro era girado manualmente conforme o operador ia falando no bocal (ou chifre). A voz fazia o diafragma vibrar. Conforme isso acontecia, a ponta aguda cortava uma linha no papel de alumínio.

Quando a gravação estava completa, a ponta era substituída por uma agulha; a máquina desta vez produzia as palavras quando o cilindro era girado mais uma vez. Thomas Edison trabalhou nesse projeto em seu laboratório enquanto recitava a conhecida canção infantil "Maria tinha um carneirinho" (Mary had a little lamb), e reproduzia-a.

Em 1878, com 31 anos, propôs a si mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam tentado construir lâmpadas elétricas. Nernst e Swan, por exemplo, haviam obtido alguns resultados, mas seus dispositivos tinham vida bastante curta.

Edison tentou inicialmente utilizar filamentos metálicos. Foram necessários enormes investimentos e milhares de tentativas para descobrir o filamento ideal: um fio de algodão parcialmente carbonizado. Instalado num bulbo de vidro com vácuo, aquecia-se com a passagem da corrente elétrica até ficar incandescente, sem porém derreter, sublimar ou queimar. Em 1879, uma lâmpada assim construída brilhou por 48 horas contínuas e, nas comemorações do final de ano, uma rua inteira, próxima ao laboratório, foi iluminada para demonstração pública.

Edison ainda aperfeiçoou o telefone (com o microfone a carvão empregado até hoje), o fonógrafo, e muitas outras invenções. Em conjunto, essas realizações modificaram os hábitos de vida em todo o mundo e consagraram definitivamente a tecnologia.

Em 1903, houve uma disputa comercial entre Edison e o inventor Nikola Tesla. Um defendia o uso da corrente alternada e, o outro, da corrente contínua. Edison teve, então, a desumana ideia de eletrocutar animais, dentre eles uma elefanta, para convencer o público dos perigos da corrente alternada.

Thomas Alva Edison morreu a 18 de outubro de 1931. Encontra-se sepultado em Edison National Historic Site, West Orange, Condado de Essex, Nova Jersey nos Estados Unidos.

INVENÇÕES

Em 1868 patenteia seu primeiro invento, um contador automático de votos. Dois anos depois, funda uma empresa em Newark, Nova Jersey. Inventa um equipamento electromecânico que transmite telegraficamente as cotações da bolsa de valores. Enriquece com a comercialização do aparelho e inventa outros dispositivos sem aplicações comerciais. Cria um aparelho que facilita as transmissões em código Morse: uma pena elétrica que simplifica a duplicação em mimeógrafo. O microfone de carvão, outro invento, torna possível as transmissões telefônicas.

Muda-se para Menlo Park, Nova Jersey. Diversifica suas pesquisas, abordando as mais diversas tecnologias. Aplica-se na investigação em telefonia, aperfeiçoa o fonógrafo, cria a primeira lâmpada incandescente com filamento de carvão. Trabalha já com uma grande equipe de profissionais, constrói o primeiro dínamo de alta potência. Patenteia muitas invenções, como o gerador de alto vácuo para a fabricação de lâmpadas, o contador de electricidade, o regulador de corrente para máquinas de soldar elétricas.

Em outubro de 1879 a Edison Electric Light Company é já uma potência económica dominando a época da electricidade nos Estados Unidos. Patenteia a lâmpada incandescente de filamento fino de carvão a alto vácuo. O produto, devido à nova tecnologia, permite aumento substancial da vida útil do produto. Em 1883, após ter descoberto o efeito Édison, regista o primeiro dispositivo termiónico, um díodo termiônico ou válvula de Edison, precursora da válvula de rádio, ou válvula termiônica.

A Edison General Electric é fundada em 1888. Será um dos maiores conglomerados industriais do planeta. Fabrica todos os tipos de dispositivos elétricos, como geradores, motores, gigantescas válvulas solenóides. A empresa transforma-se num dos maiores fabricantes multinacionais.


Durante a Primeira Guerra Mundial, a General Electric entra no campo de metalurgia naval, produzindo gigantescas máquinas e novos equipamentos para os navios construídos em diversos estaleiros americanos. A GE entra no ramo da indústria química, aperfeiçoando os métodos de fabrico de novos produtos e substâncias.

Edison é considerado um dos inventores mais prolíficos do seu tempo, registrando 2.332 patentes em seu nome. Esse número é discutivel, sendo que todos os inventos feitos pelos empregados da "Edison General Eletric" eram registrados em seu nome. A maioria desses inventos não é completamente original, mas as patentes compradas por Edison foram melhoradas e desenvolvidas pelos seus numerosos empregados. Edison tem sido criticado por não compartilhar os seus créditos.

INVENTOS CINEMATOGRÁFICOS

Thomas Edison teve um papel determinante no surto da indústria do cinema. São estes os aparelhos que inventou ou lançou no mercado:

Cinematógrafo (Kinetograph): máquina de filmar
Cinescópio ou Cinetoscópio (Kinetoscope): caixa com imagens filmadas vistas no seu interior
Cinefone (Kinetophone): versão do cinescópio com som síncrono gerado por um fonógrafo
Vitascópio (Vitascope): projetor de filmes em tela

FILMES

Mudos

1895: The Execution of Mary Stuart
1896: Fatima's Coochee-Coochee Dance
1896: Blackton Sketches, No. 3
1896: Blackton Sketches, No. 2
1897: Butterfly Dance
1898: The Passion Play of Oberammergau
1903: Electrocuting an Elephant
1904: Parsifal
1910: Frankenstein or the Modern Prometheus
1911: Lucia di Lammermoor



Sonoros

1913: Nursery Favorites
1913: A Minstrel Show
1913: The Irish Policeman
1913: Her Redemption
1913: Julius Caesar
1914: The Patchwork Girl of Oz



TOP 10 INVENÇÕES

1. Lâmpada Elétrica Incandescente

Para abrir a lista, nada melhor do que a grande invenção de Edison: a lâmpada elétrica incandescente. Um artigo relativamente simples, mas que causou (e ainda causa) um enorme impacto em nossas vidas. Não importa que tipo de lâmpada você usa em sua casa, o fato é que o ancestral delas é a criação do cientista estadunidense.

Aliás, dá para dizer que questões envolvendo luz elétrica foram de grande preocupação para ele, que registrou exatas 424 patentes sobre o tema. Antes de Edison, vários outros inventores tentaram criar uma lâmpada do tipo, mas foi ele que, em 1879, conseguiu criar uma lâmpada incandescente comercializável com um filamento de haste de carvão.


2. Estrada de ferro eletromagnética


Apesar de relativamente pouco utilizadas no Brasil, as estradas de ferros eletromagnéticas surgem como alternativa eficaz e limpa para a mobilidade urbana e também para o trânsito entre cidades, estados e países em várias partes do mundo. Em 13 de maio de 1880, Thomas Edison fazia o primeiro teste de sua estrada de ferro elétrica em Menlo Park, nos Estados Unidos.

Há mais de 130 anos, então, quando temas como sustentabilidade e alternativas ao uso de combustíveis fósseis não estavam tão em vogas, o cientista já iniciava uma ideia que floraria anos depois em várias partes do mundo. As maiores cidades do planeta utilizam trens e metrôs elétricos para levar passageiros e carga de um lado a outro.

3. Câmera cinematográfica


As filmadoras modernas registram e reproduzem imagens com áudio e vídeo em alta definição e apresentam dezenas de funções diferentes para garantir a qualidade do material produzido. Mas voltando na árvore genealógica das câmeras mais modernas da atualidade está a câmera cinematográfica de Edison.

Ele inventou ainda uma tela para exibir as imagens que capturava em sequência e, quando reproduzidas de forma rápida, davam a impressão de movimento — se pensarmos que os filmes digitais estão aí há muito tempo, dá para dizer que a ideia básica de Edison perdurou durante um longo período na indústria cinematográfica.


4. Bateria de carro elétrico


Thomas Edison poderia tranquilamente ser chamado de “homem-eletricidade”, pois a base de suas invenções era a energia elétrica. Outra prova disso foi a concepção de baterias de níquel-ferro que ele desenvolvia no início do século 20 e que serviam para prover energia a alguns veículos da época.

Em 1901, ele apresentou a bateria de níquel-ferro e ela era mais eficiente do que as de ácido de chumbo usadas até então. Suas vantagens eram tanto ecológicas quanto de desempenho, pois causavam menos impacto ambiental e levavam menos tempo para serem recarregadas.


5. Fonógrafo


Se você pode escutar músicas saindo dos alto-falantes dos mais modernos sistemas de som, saiba que o bisavô de tudo isso é o fonógrafo. Este aparelho, que lembra muito uma vitrola antiga, foi criado em 1877 para gravar e reproduzir sons por meio de um cilindro, o primeiro do gênero registrado pela humanidade.

Edison ainda foi visionário quando projetou reduzir o tamanho de seus fonógrafos a ponto de eles caberem dentro de bonecas e outros brinquedos, dando mais vida a eles. Ou seja, pense na imensidão de coisas que contam com pequenos alto-falantes e que fazem parte da nossa vida todos os dias e a dimensão do pensamento de Edison se amplia ainda mais.

6. Microfone de carbono


Há uma dúvida entre quem realmente inventou o telefone, se Graham Bell ou Antonio Meucci, mas uma coisa é certa: foi o microfone de carbono inventado entre 1877 e 1878 por Thomas Edison que deu mais eficiência ao projeto. O dispositivo contava com um sistema capaz de converter som em um sinal elétrico, permitindo que a voz fosse transmitida a longas distâncias.

Edison disputou a autoria de sua patente com outro inventor, o germano-americano Emile Berliner, mas a corte federal dos Estados Unidos garantiu a ele a autoria do projeto. Então, até mesmo o captador de áudio do smartphone moderno que você usa hoje tem como ancestral o microfone de carbono de Thomas Edison.

7. Caneta elétrica de estêncil


Marcações e desenhos na pele são coisas comuns na história das mais diversas sociedades humanas, nas mais variadas épocas da humanidade. Atualmente, isso é feito com máquinas modernas que riscam a pele de forma precisa e competente, mas talvez você não saiba que isso começou há 137 anos justamente com Thomas Edison.

O norte-americano desenvolveu uma caneta de perfuração que, a princípio, não foi feita para desenhar na pele humana. Isso foi pensado posteriormente, em 1891, por um inventor chamado Samuel O’Reilly, que fez algumas modificações à criação de Edison e adicionou um reservatório de tinta.


8. Embalagem a vácuo


Em 1881, Edison patenteou um sistema de preservação de frutas com tecnologia a vácuo que consistia em embalar os produtos em uma jarra. Mais de um século depois, o sistema evoluiu bastante e a ideia básica ainda é aplicada nas embalagens a vácuo que você encontra em qualquer supermercado.

Alimentos como carnes, frutas, legumes, café e erva-mate são alguns dos itens comumente encontra embalados a vácuo. Isso garante alimentos livres de germes e bactérias e também assegura maior durabilidade ao sabor do produto.


9. Gravador de voto eletrográfico


A nossa urna eletrônica e outros sistemas digitais de votação têm como antepassado comum o gravador de voto eletrográfico de Thomas Edison, patenteado em 1869, quando ele tinha apenas 22 anos. Essa invenção, que foi sua primeira patente, era conectada à mesa do escriturário, e o eleitor podia mover um tipo de metal para marcar uma das duas colunas (“sim” ou “não”) em cada candidato.

O sinal elétrico era enviado à mesa do escriturário e, em contato com as substâncias químicas, registrava o voto. Décadas e décadas depois, o sistema já foi analógico e agora é eletrônico, com métodos que em tese garantem a inviolabilidade do sistema e agilizam bastante a contagem dos votos.

10. Rodas de borracha


A roda é provavelmente a mais revolucionária das invenções humanas, mas antes de Thomas Edison ninguém havia registrado a intenção de cobri-las de borracha. 

Em sua época, os veículos utilizavam rodas de madeira sem nenhum tipo de cobertura, o que, convenhamos, causava sérios riscos à segurança dos passageiros.

Edison então teve a ideia de revestir as rodas de madeira com borracha, dando o pontapé inicial em algo crucial para praticamente todo e qualquer veículo equipado com rodas nos dias de hoje.

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