O drama retrata a história real do atleta olímpico Louis Zamperini, que sofre um acidente de avião, e cai em pleno mar. Ele luta durante 47 dias para reencontrar a terra firme, e quando consegue, é capturado pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
ELENCO
Matthew Crocker, Jack O´Connell, Domhnall Gleeson, Garrett Hedlund, Takamasa Ishihara, Finn Wittrock, Jai Courtney, Maddalena Ischiale
ROTEIRO
Joel Coen, Ethan Coen, Richard LaGravenese, William Nicholson
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Mick Garris, Jon Jashni, Thomas Tull
PRODUÇÃO
Matthew Baer, Angelina Jolie, Erwin Stoff, Clayton Townsend
DIREÇÃO
Angelina Jolie
Duração: 137 min.
Ano: 2014
País: EUA
Gênero: Guerra, Drama
Classificação: 14 anos
O QUE EU VI DO QUE EU VI
Adoro filmes de guerra. Adorei "Corações de ferro" ainda que tenha falhas bisonhas, e tente, a todo custo ser um grande filme. O invencível é um filme mais cativante, revoltante, mais interessante de recomendar.
Não sei porque alguns críticos insistem em falar mal de produções assim, só porque existem uma diretora semi-estreante ou porque ela é quem é. Enfim, longe de ser um "Naufrago" ou " a ponte do rio kwai" , o filme mistura elementos dos dois, tornando o filme bastante atrativo. Fechando a produção com "chave de ouro", o próprio Zamperini aparece para arrancar lágrimas e deixar saudades.
ANÁLISE
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ANGELINA E ZAMPERINI POUCO ANTES DA MORTE |
A 2° Guerra Mundial é um tema explorado à exaustão pela arte, principalmente pela 7°. Após 70 anos do seu fim, pode-se afirmar com certeza absoluta que todos os seus pontos de vista foram transformados em filmes: o dos perdedores, o dos vencedores, histórias fictícias e histórias sobre um personagem específico, geralmente do gênero biografia. Invencível, pertence à esta última categoria. Seu personagem é Louis “Louie” Zamperini, um militar da aeronáutica americana, sobrevivente da guerra, após passar anos nas mãos dos japoneses. Apenas isso já seria o suficiente para se fazer um filme, mas Zamp seria apenas mais um entre milhares de homens que também sobreviveram. O que o torna um ser único é o fato dele ter sido um atleta olímpico. De ter sobrevivido a queda de seu caça em pleno pacífico. De ter sobrevivido à dezenas de dias no mar, se alimentando de peixes pequenos, tubarões e bebendo água da chuva. De ter sido a vítima do ódio (e inveja) do comandante da base em que ficou preso. E como se tudo isso não fosse o suficiente, de ter se mostrado leal à seus companheiros de farda, nos momentos mais difíceis.
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MAKING OF |
Dado o enredo, apresentado de forma excelente ao longo de quase 3 horas, vamos à parte técnica. O ator principal, Jack O’Connell (desconhecido do grande público), é competente e suas expressões faciais traduzem com muita beleza sua coragem e seu sofrimento. Domhnall Gleeson (Frank, Anna Karenina), mais conhecido que seu colega de elenco, convence, além de ser responsável por algumas risadas da platéia. Do trio principal, resta o “vilão” da história, o japonês Takamasa Ishihara, talentoso, a todo momento querendo mostrar que representa o lado “mau” da história. À respeito da direção, realizada pela também atriz Angelina Jolie, sem dúvida traz peso e aumenta a curiosidade do telespectador, que deseja saber se a esposa de Brad Pitt e ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2000, também se sairá bem por trás das câmeras. Jolie tinha uma boa história em mãos, e não jogou fora a oportunidade de adaptá-la. A atriz demonstra talento ao dirigir e ao escolher roteiros. Para uma diretora ainda inexperiente (este é o seu 2° filme como diretora), conseguir prender a atenção do telespectador por quase 3 horas, em um filme de guerra, é um grande mérito. O enredo é ótimo, o elenco é competente, e o resultado é muito, muito bom.
Como uma história dessas ficou guardada na gaveta (a Universal Studios comprou os direitos em 1957) ao longo de 58 anos, e uma pena que Louis tenha falecido antes do lançamento oficial do filme. E com a certeza de que o mundo ganhou mais uma competente diretora mulher, em uma Hollywood ainda majoritariamente comandada por homens.
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